A minha vida de todos os dias
I
Exercício poético
O médico diz–me para caminhar
no mínimo quinze ou vinte minutos
todos os dias
uma roupa, uns sapatos confortáveis
e andar o mais rápido possível
sem interrupções,
enquanto puder falar sem perder o fôlego
e eu faço-o,
ando sem parar,
o mais depressa que posso,
e digo poemas em voz alta
mas a voz logo se me embarga,
e eu calo-me,
respiro fundo,
e só depois continuo.
II
Uma maneira de sentir e de pensar a vida
Não tento compreender-me
nem compreender o que me acontece
e evito quaisquer explicações.
Prefiro acreditar em mim mesmo
e naquilo que me acontece, o que
é muito mais difícil,
mas deixa-me muito mais perto
da verdade do meu ser.
Exercício poético
O médico diz–me para caminhar
no mínimo quinze ou vinte minutos
todos os dias
uma roupa, uns sapatos confortáveis
e andar o mais rápido possível
sem interrupções,
enquanto puder falar sem perder o fôlego
e eu faço-o,
ando sem parar,
o mais depressa que posso,
e digo poemas em voz alta
mas a voz logo se me embarga,
e eu calo-me,
respiro fundo,
e só depois continuo.
II
Uma maneira de sentir e de pensar a vida
Não tento compreender-me
nem compreender o que me acontece
e evito quaisquer explicações.
Prefiro acreditar em mim mesmo
e naquilo que me acontece, o que
é muito mais difícil,
mas deixa-me muito mais perto
da verdade do meu ser.
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